A Pimenta-do-Reino capixaba chega a 59 Países e consolida o estado como polo agroexportador

A Pimenta-do-Reino capixaba chega a 59 Países e consolida o estado como polo agroexportador

US$ 6,16/kg no mercado internacional

A pimenta-do-reino (Piper nigrum) consolidou-se como um dos pilares do agronegócio no Espírito Santo, com destaque fundamental para a região de Aracruz. A especiaria não apenas tempera a culinária mundial, mas também injeta vitalidade na economia capixaba, reforçando o estado como o principal polo produtor e exportador do Brasil.

O Poder da Pimenta Capixaba no Cenário Global

De janeiro a outubro de 2025, a pimenta-do-reino se estabeleceu como o terceiro produto de maior geração de divisas na pauta agroexportadora do Espírito Santo. O estado responde por impressionantes 69% da pimenta-do-reino exportada pelo Brasil no mesmo período, atingindo 59 países e movimentando o setor.

A valorização no mercado internacional tem sido notável, beneficiando diretamente os agricultores familiares que compõem a maior parte da cadeia produtiva. As divisas geradas pelas exportações da especiaria mais que dobraram, saltando de US$ 134,3 milhões em 2024 para US$ 296,6 milhões em 2025 (nos dez primeiros meses). Essa expansão se deve, em parte, à valorização: o preço médio de exportação subiu de US$ 4,32/kg para US$ 6,16/kg, indicando que o Espírito Santo compete com maior valor agregado e oferece alta rentabilidade ao produtor.

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, comentou sobre a vocação do estado na cultura da pimenta-do-reino..

“A pimenta-do-reino capixaba é um exemplo claro de como o Espírito Santo transforma vocação em resultado. Essa especiaria que tempera o mundo, chegou a 59 países de janeiro a outubro. É uma cadeia que gera emprego, renda e tem potencial para crescer ainda mais. Vamos continuar investindo em assistência técnica, inovação e sustentabilidade para que o Espírito Santo siga sendo referência no campo e na mesa do brasileiro”,

Maiores Produtores

A cultura da pimenta-do-reino no Espírito Santo é marcada pela forte atuação da agricultura familiar, sendo o estado o maior produtor nacional. Estima-se que existam milhares de pequenos e médios agricultores dedicados à pimenta, muitos deles localizados no Norte do estado.

Embora a produção esteja distribuída, os maiores municípios produtores em volume e área plantada no Espírito Santo, historicamente e com dados consolidados até 2024, incluem:

  • São Mateus: Frequentemente o líder em volume produzido.
  • Jaguaré: Um dos principais polos de produção.
  • Conceição da Barra: Grande área de plantio da especiaria.
  • Linhares: Importante município na produção e beneficiamento.

Produtividade e Crescimento Histórico

O sucesso da pimenta capixaba é fruto de um crescimento acelerado e de ganhos em produtividade:

Nos últimos dez anos (2014 a 2024), o Espírito Santo multiplicou sua produção por quase nove vezes, acompanhando um aumento de 658% na área plantada.

A produtividade média em 2024 fechou em 3.634 quilos por hectare (kg/ha). Esse índice é superior à média nacional e reflete o investimento em inovação, manejo adequado e assistência técnica.

A participação da pimenta-do-reino na pauta de exportações do agronegócio capixaba saltou de 4,5% em 2024 para 11% em 2025 (de janeiro a outubro), demonstrando que a especiaria é uma cultura robusta, capaz de gerar grande impacto econômico e social para o estado e para municípios como A