Acordo do Rio Doce trará investimento histórico para a Saúde

Serão R$ 825 milhões

Aracruz tende a passar por uma grande mudança na área da saúde. O município faz parte de um grupo de 49 regiões do Espírito Santo e de Minas Gerais que vão receber recursos devido ao rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. Essa reparação ambiental e social vai investir R$ 12 bilhões, dos quais R$ 825 milhões já na primeira fase, para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) na região, incluindo Aracruz.

A tragédia de Mariana, ocorrida em 2015, foi provavelmente o maior desastre ambiental do Brasil, deixando marcas profundas na região impactada. Tudo começou com o rompimento da Barragem de Fundão, operada pela mineradora Samarco, uma joint venture entre Vale e BHP Billiton. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) aproximadamente 43,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério foram liberados da barragem, percorrendo 663 km até atingir o mar.

Nesta semana, o prefeito Dr. Coutinho, junto com a secretária de Saúde, Rosiane Scarpatt, e a subsecretária Juliana Baiocco, participaram de uma reunião em Brasília para aprimorar a elaboração dos planos de ação em saúde. Pela complexidade dos planos que garantam esses recursos se faz necessário um aprofundamento no tema.

A intenção da atual gestão é que com esses novos recursos, Aracruz poderá reformar ou construir novas Unidades Básicas de Saúde (UBS), criar Unidades Odontológicas Móveis, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), treinar os profissionais de saúde e fazer ações específicas para comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais.

O prefeito Dr. Coutinho falou que esse momento é muito importante para o povo de Aracruz.

“Esse é um dia histórico. Estamos trabalhando para promover uma saúde digna, acessível e eficiente para todos aracruzenses. Esses recursos são resultado de uma grande reparação, mas mais do que isso, representam um novo tempo para o nosso município, com mais equipamentos públicos, mais equipes capacitadas e, principalmente, mais cuidado com as pessoas. A saúde vai até onde o povo está, e é isso que vamos garantir”.

A secretária Rosiane destacou que essa iniciativa vai melhorar o atendimento aos pacientes.

“Com esse apoio e após a elaboração do Plano de Ação, pretendemos investir na infraestrutura, tecnologia e na capacitação contínua de nossos profissionais. Isso se traduz diretamente na qualidade do atendimento. Cuidar da saúde das pessoas é nossa prioridade, e agora temos mais condições reais de fazer isso com excelência. São recursos que irão ajudar os municípios a ofertar mais serviços que impactarão diretamente a saúde da nossa gente”.

Plano de Ação

Para usar esses recursos, os municípios precisam criar e aprovar planos de ação em saúde, seguindo as regras do acordo judicial. Metade do dinheiro deve ser usado para esses planos. Prefeitos e gestores municipais estão em Brasília para sanar dúvidas e aprimorar os planos.

Mais saúde para todos

O novo acordo, aprovado pelo Supremo Tribunal Federal e assinado pelo presidente Luiz da Silva, é muito maior do que o anterior, que previa R$ 750 milhões. Agora, são R$ 12 bilhões para ajudar os municípios afetados a se recuperarem.

Em Aracruz, a gestão está cuidando para usar esses recursos com responsabilidade e transparência. A saúde já vem melhorando com novos serviços e equipamentos. O município também está conversando com o Estado e o Congresso para conseguir mais recursos e garantir uma saúde mais inclusiva. A Secretaria de Saúde quer usar bem cada real, com transparência e foco em melhorar a vida das pessoas que mais precisam.

Liberação de recursos

O programa de saúde do Rio Doce será organizado por uma equipe técnica e um comitê especial. Essa equipe planeja e controla as ações, enquanto o comitê aprova os planos e libera o dinheiro. Ambos são coordenados pelo Ministério da Saúde e contam com representantes do governo, dos municípios e da sociedade.