Assembleia abre Escola de Formação Política com aula inaugural para jovens de 11 municípios

Assembleia abre Escola de Formação Política com aula inaugural para jovens de 11 municípios

O Plenário Dirceu Cardoso ficou lotado de jovens para a aula inaugural da Escola de Formação Política, projeto da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). O evento contou com a presença de deputados, prefeitos, vereadores, professores e coordenadores do projeto, além de autoridades e os estudantes inscritos.

O presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (União), abriu o encontro com uma palestra. Ele falou sobre o papel do Parlamento estadual — que inclui fiscalizar o Executivo e aprovar o Orçamento — e compartilhou detalhes de sua trajetória na política, iniciada como vereador em Cariacica na década de 1990.

Marcelo relembrou a situação crítica do Espírito Santo em 2003, com salários atrasados e risco de intervenção federal, e como um pedido ao governo federal por antecipação de receitas de royalties permitiu reorganizar o Estado. “O principal ingrediente da política deve ser o resultado da gestão, não a ideologia”, afirmou.

Ele destacou os avanços das últimas duas décadas, elogiou os mandatos dos ex-governadores Paulo Hartung e Renato Casagrande, e defendeu que uma gestão pública eficiente se sustenta em pilares como equilíbrio fiscal, planejamento, participação popular, inovação e transparência.

Incentivo à juventude

Os deputados Alexandre Xambinho (Podemos) e Delegado Danilo Bahiense (PL) também compartilharam suas trajetórias políticas com os jovens. Ambos relataram experiências de superação e insistência até chegarem à Assembleia. “Cada um aqui tem um sonho. Precisamos de boas pessoas na política”, disse Xambinho. Já Bahiense destacou que, após anos na polícia, viu na política um caminho para transformar mais vidas.

Formação cidadã

A coordenadora da Escola, Joelma Costalonga, explicou que o projeto recebeu 700 inscrições e será realizado em 11 municípios, com encontros quinzenais e carga horária de 80 horas. A proposta é oferecer formação sobre temas como gestão pública, direitos humanos, responsabilidade fiscal e políticas educacionais. “A escola é um espaço aberto para formar cidadãos que queiram transformar a realidade”, ressaltou.

Professora do projeto, Sônia Lúcia de Oliveira também falou aos presentes. Ela já havia participado de edições anteriores da escola e reforçou o papel da educação na formação política. “Aqui podem surgir futuros vereadores, prefeitos, deputados e até um presidente da República”, disse.

Voz jovem na tribuna

Quatro estudantes discursaram durante o evento. Theo Lima (Nova Venécia) destacou a educação como dever do Estado. Livya Luiza (Conceição da Barra) falou da importância de discutir política com consciência de classe e racial. Luana Pinto (Jaguaré), que já foi candidata a vereadora, disse que a escola é uma porta de entrada para os jovens ocuparem espaços de decisão. Já Cosme Camargo (Nova Almeida, Serra) afirmou que o curso pode prepará-lo para representar sua comunidade no futuro.

Encerramento e autoridades presentes

Ao final, Marcelo Santos reafirmou o compromisso da Ales com a transparência e o acesso à informação. “Somos a primeira Assembleia digital do Brasil. O conhecimento deve ser compartilhado”, afirmou.

Também participaram da mesa de abertura os prefeitos Hugo Luiz (Alfredo Chaves) e Marcos Guerra (Jaguaré); os vereadores Aylton Dadalto (Vitória), Rafael Estrela do Mar (Serra), Roninho Passos (Linhares) e Marlon do Bonfim (Nova Venécia); o diretor da Escola do Legislativo, Sergio Majeski; o defensor público-geral, Vinícius Chaves; e coordenadores do projeto nos municípios.