Corregedoria da Ales arquiva denúncia contra deputado Lucas Polese envolvido em blitz com carro oficial
A corregedoria da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) anunciou o arquivamento da denúncia de quebra de decoro parlamentar contra o deputado Lucas Polese, do Partido Liberal (PL). A acusação estava relacionada a uma situação ocorrida em maio de 2023, quando o deputado, ao dirigir um veículo oficial em Vitória, foi abordado em uma blitz da lei seca e se recusou a realizar o teste do bafômetro.
O relator do caso, deputado Mazinho dos Anjos (PSDB), ressaltou que não foi identificada qualquer prova que vinculasse a conduta de Polese a irregularidades relacionadas ao exercício de seu mandato. A única evidência apresentada foi o relato de um policial, que mencionou um possível odor etílico no momento da abordagem.
Lucas Polese afirmou que o processo na corregedoria comprovou que o carro oficial estava sendo utilizado para fins relacionados ao seu mandato. Ele destacou que a multa imposta durante a blitz é de natureza pessoal e não possui vínculo com suas atividades parlamentares, assegurando que assumirá integralmente a responsabilidade financeira pela infração.
A Organização Não Governamental (ONG) Transparência Capixaba, responsável pela denúncia à corregedoria, manifestou seu descontentamento com a decisão e considerou a investigação como incompleta. Paralelamente, o Ministério Público Estadual prossegue com a análise do caso.
Segundo informações da Ales, o veículo utilizado por Lucas Polese faz parte do contrato de locação da frota da Assembleia, destinada ao atendimento dos deputados. A instituição esclareceu que os automóveis disponibilizados aos parlamentares são de uso exclusivo e de responsabilidade individual, permitindo sua utilização apenas para atividades de interesse público vinculadas ao exercício do mandato.
Na época do incidente, Lucas Polese, o mais jovem deputado estadual do estado, eleito em 2022 com 29.490 votos, informou que estava concluindo sua última agenda oficial do dia quando foi abordado. Ele justificou a recusa ao teste do bafômetro por orientação jurídica.
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