Um Ano Após o Caos! Capixabas em Brasília e as Marcas do Ataque Contra a Democracia.

Um Ano Após o Caos! Capixabas em Brasília e as Marcas do Ataque Contra a Democracia.

Há exatamente um ano, em 08 de janeiro de 2023, Brasília foi palco de um ato que marcaria profundamente a história. Capixabas, utilizando ônibus fretados do Espírito Santo, deslocaram-se até a capital federal, onde a maioria acampou em frente ao Exército. O cenário desse evento foi marcado pela invasão e destruição dos prédios que abrigam órgãos públicos federais na emblemática Praça dos Três Poderes.

A participação dos capixabas foi documentada através de vídeos gravados por eles mesmos, posteriormente compartilhados em suas redes sociais. Entre os identificados está Marcos Alexandre Mataveli de Morais, ex-vice-prefeito de Pancas, que figura entre os detidos. Segundo relatos da jornalista Fabiana Tostes, da coluna De Olho no Poder, do Folha Vitória, ao menos seis ônibus partiram do Espírito Santo transportando bolsonaristas que protagonizaram atos de vandalismo em Brasília.

De Venda Nova do Imigrante, um dos invasores gravou um vídeo sentado na mesa diretora do Senado Federal, segurando uma Bíblia, profetizando o retorno de Jair Bolsonaro à presidência do Brasil. Outro empresário do mesmo município registrou imagens em frente ao STF, mostrando vidros sendo quebrados ao fundo.

Em vídeos adicionais, capixabas feridos expuseram as consequências do tumulto. Um morador de Itapemirim mostrou uma bala de borracha cravada na panturrilha, enquanto um ex-policial militar capixaba exibiu um ferimento no rosto, atribuído a um tiro de bala de borracha.

Ao completar um ano dos atos em Brasília, os manifestantes nascidos ou residentes no Espírito Santo enfrentam a prestação de contas à Justiça. Um capixaba detido em 8 de janeiro de 2023, durante a invasão e depredação da sede dos Três Poderes, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Agora, outras 20 pessoas têm a oportunidade de buscar um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para interromper o processo. Nomes como Ana Maria Ramos Lubase, Arthur Santos de Souza, Deise Luiza de Souza, Mateus Viana Maia, Marcos Soares Moreira, Maria Elena Lourenço Passos, Terezinha Locateli, Rodismar Regasse Lirio, Wilson Nunes de Aguiar, Marcos Felipe Ferrari Bastos, Marlos Janutt, Deiviston da Silva Ribeiro, Edenilson Caetano Ferreira, Fábio Alves Barbosa, Fernando Silva Salgado, Genil Trevizan Fernandes, Raphael Souza Lopes de Abreu, Renata Maria Dias Pereira e Rosaneide Rodrigues Souza demonstraram interesse em fazê-lo.

Cláudio Fernando Gonçalves, que esteve no grupo até setembro do ano passado, viu a PGR aditar a denúncia contra ele, apontando-o como um dos integrantes do grupo criminoso que invadiu o Palácio do Planalto e praticou vandalismo. Assim, ele perdeu o direito ao acordo.

No caso de Saulo Santos de Oliveira, a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal ainda aguarda apreciação pelo STF, deixando incerto se ele será ou não elegível para o acordo.

No fatídico 8 de janeiro, 243 pessoas foram presas em flagrante dentro dos prédios públicos e na Praça dos Três Poderes. No dia seguinte, 1.927 pessoas acampadas diante dos quartéis foram conduzidas à Academia de Polícia. O Supremo recebeu 1.345 denúncias em dois inquéritos (4921 e 4922), em nove sessões virtuais extraordinárias. Hoje, em 08 de janeiro de 2024, marca um ano desde o ato contra a democracia em Brasília, no qual capixabas participaram da invasão e destruição dos prédios que abrigam órgãos públicos federais na Praça dos Três Poderes e entraram para essa triste histíria do Brasil.